O Coletivo Nativos Tur, grupo formado por condutores de turismo náutico e de pesca, em parceria com o Grupo Acquaplan, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural – EPAGRI e os grupos Marujo Amigo e Marina Fragata, promoveram no dia 5 de dezembro de 2018 a primeira ação de limpeza nas ilhas da Babitonga, em São Francisco do Sul. Moradores voluntários aceitaram o convite para participar da ação e também contribuíram com a retirada do lixo.
Ao todo, a iniciativa reuniu quatro barcos de pequeno porte, dois barcos de médio porte e 30 pessoas. A equipe conseguiu retirar lixo das ilhas Mandigituba, Mandigitubinha e Murta, além da Ponta do Capri. Todo o lixo retirado das ilhas foi levado para o aterro da Babitonga. A Secretaria de Meio Ambiente fará a pesagem e encaminhará os resíduos para a reciclagem.
“A logística para acessar as ilhas e retirar os lixos exigiu certo esforço e coordenação da equipe, a situação não é tão simples e fácil, como promover a limpeza de praia. Os barcos grandes não conseguem atracar próximo ás ilhas e as embarcações pequenas foram essenciais para desembarcar o pessoal nas ilhas e trazer o lixo até o barco maior”, comentou o condutor de turismo Elias, líder do grupo Nativos Tur.
Apesar da dificuldade, a limpeza nas ilhas da Babitonga foi essencial. O lixo estava depositado em grande quantidade nas margens e na vegetação das ilhas. Foram retiradas, principalmente, garrafas de vidro e de plástico, além de outros materiais maiores de metal como espeto, grelha, e até resto de freezer e fogão.
O lixo encontrado nas ilhas tem origem no descarte inadequado nas ruas e em terrenos baldios, pois o vento e a chuva carregam esses detritos até os rios que desembocam na baía, e também nas atividades marítimas, como a pesca, a navegação e o turismo. Este lixo pode causar danos diretos nos organismos aquáticos pelo emaranhamento/enredamento, causando morte por afogamento ou deformidades no corpo, e má nutrição, bloqueando o aparelho digestivo, além da contaminação, resultando frequentemente na morte desses organismos.
“Mutirão de limpeza não é a solução para resolver a grave problemática do lixo no mar, mas como a situação é muito alarmante, qualquer ação para tentar remediar a situação é indispensável”, explica a oceanógrafa e educadora ambiental da Acquaplan, Giseli Aguiar de Oliveira.
Os responsáveis pela ação pretendem agora estudar os pontos positivos e as dificuldades para promover outras ações semelhantes. “Todo esforço em prol da conservação e saúde da baía Babitonga é válido, pois se trata do maior berçário de vida marinha de Santa Catarina e, portanto, deve ser tratado com respeito”, define Giseli.
Confira aqui o vídeo institucional feito para a 1ª Ação de Limpeza das Ilhas da Babitonga.